Reza a lenda que este álbum dos The Avalanches lançado no ano 2000 foi criado com cerca de 3500 samples diferentes. O grupo australiano de Melbourne ficou conhecido por fazer uma electrónica onde vários estilos se misturam e pelos seus dj sets memoráveis. Efectuaram primeiras partes para Jon Spencer Blues Explosion, Beastie Boys, Public Enemy, Beck e Stereolab. E custa a crer que este LP "Since I Left You" já tenha 11 anos. Passado todo este tempo parece que é desta que sai o sucessor, pois segundo o responsável Steven Pavlovic da editora Modular as gravações estão concluídas e falta apenas fazer as misturas finais. O primeiro single deverá surgir no Outono e a edição do novo álbum deverá ocorrer no início de 2012.
O house, o techno e o dub em formato minimal e encharcados em reverb passam por aqui no segundo álbum a solo do produtor inglês Andy Stott que grava para a editora Modern Love (de Manchester). Juntamente com Miles Whittaker (dos Demdike Stare) integra o projecto Millie & Andrea. O primeiro álbum de Stott, Merciless foi lançado em 2006.
Este novo Passed Me By é um disco curto de 33 minutos com batidas lentas e que tem algumas faixas com vozes etéreas femininas, noutras uma voz grave, soturna e distorcida habita os temas. Sons de sintetizadores cruzam-se com dissonâncias e loops.
Há uma clara abordagem de desaceleração da música de dança que se mistura com uma infusão de exaustão, melancolia e negritude, a lembrar por vezes Burial, Shackletton ou até Salem. Uma muito surpreendente descoberta sónica.
Lisa Gerrard e Brendan Perry anunciaram no passado dia 15 de Maio no blog da sua página Myspace que decidiram começar a trabalhar num novo álbum dos Dead Can Dance no final deste ano, a lançar em 2012. Após a edição do disco seguir-se-á uma intensa digressão de dois meses que irá passar por diversos países e continentes incluíndo Ásia, Áustrália e América do Sul.
Este novo álbum será o sucessor de "Spiritchaser" que data já de 1996. Perry prometeu colocar informações e actualizações no seu website assim que as gravações tiverem início. Enquanto Lisa Gerrard diversificou a sua carreira trabalhando com diferentes compositores, lançou vários álbuns a solo e criou bandas-sonoras para filmes, Perry lançou também os seus discos a solo (apenas dois), o último em 2010 no qual tocou todos os instrumentos.
Para recordar, aqui ficam os temas "The Host of Seraphim" do disco The Serpent´s Egg de 1988 e "The Song of the Sibyl" do LP Aion de 1994.
A nova banda de Jana Hunter chama-se Lower Dens e tocam neste vídeo os temas “Deer Knives” e “Tea Lights” em Austin, Texas para o site La Blogotheque Take Away Show. O álbum de estreia "Twin-Hand Movement" sai a 20 de Julho na editora Gnomonsong.
O último single (e primeiro na Elektra Records) "Civilization" dos Justice foi lançado em finais de Março e o videoclip é da responsabilidade de Edouard Salier. A voz desta canção é de Ali Love e este tema serviu anteriormente para sonorizar uma campanha publicitária de dois minutos da Adidas, realizada por Romain Gavras.
The beating of a million drums.
The fire of a million guns.
The mother of a million sons.
Faleceu hoje Gil Scott-Heron, o cantor, compositor e poeta, tinha 62 anos. Para escutar, o tema "I'm New Here", terceira faixa do seu último LP com o mesmo nome, de 2010.
Holy Other é o projecto de um produtor de Manchester que habita em Berlim e assenta na mistura dos estilos bass, 2 step, R&B e onde o hip-hop, o house e o dub marcam também a sua presença, numa visão digital do mesmo ambiente de um The Weeknd ou Rimar. Do EP "With U" está abaixo disponível para audição o tema "Yr Love". O disco será colocado à venda a 7 de Junho na editora nova-iorquina Tri Angle (que no seu catálogo tem nomes como Balam Acab, Clams Casino, How To Dress Well ou oOoOO).
O britânico Tom Vek vai editar a 6 de Junho o seu segundo álbum de nome "Leisure Seizure". O seu pós-punk dançável tem agora neste novo LP um segundo single intiltulado "World Of Doubt", após o primeiro single "A Chore".
The Weeknd aka Abel Tesfaye, produtor de Toronto que faz um R&B espectral revelou que vai lançar mais duas mixtapes este ano: "Thursdays" neste Verão e "Echoes of Silence" no Outono. Para além disso na sua página do Soundcloud colocou demos de vários temas antigos e uma nova canção acabada de fazer chamada "Rolling Stone", foi lançada no Youtube.
Vídeo explosivo para "Dirt" dos Wu Lyf, banda de Manchester que pratica um rock tribal que é um autêntico motim sonoro. O grafismo e imagens são da responsabilidade de Fil Kaler. O álbum de estreia "Go Tell Fire To The Mountain"sai a 14 de Junho na editora da banda. Actuam a 9 de Julho no festival Alive 2011.
No dia 9 de Maio Thurston Moore colocou um tweet com o link para este novo videoclip para a canção "Benediction". Este tema faz parte do seu novo álbum a solo "Demolished Thoughts" que foi produzido por Beck e tem data de edição a 24 de Maio via Matador.
Este trio de Austin, Texas editou esta canção há já dois anos. Na altura chamavam-se Pure Ecstasy e lançaram um 7 polegadas com três temas. Desde então muita coisa se passou e não tardará a sair o álbum "Pleasure" - tem edição a 5 de Julho nos EUA e a 22 de Agosto no resto do Mundo via Acéphale. Antes disso sai o EP "You're In It Now", remasterizado e com uma versão mais longa da canção título. A escutar.
Do músico de Montreal Roger Tellier-Craig conhecido pelo seu trabalho de guitarra nos Fly Pan Am ou nos Godspeed You! Black Emperor chega-nos este tema "Bleu Nuit" que faz parte do álbum prestes a sair através da editora Gneiss Things (dirigida por Steve Hauschidt dos Emeralds). Cheio de camadas de loops, paisagens criadas com sintetizadores, múltiplos drones e arpégios. Aqui em baixo.
O primeiro concerto de Aloe Blacc em território nacional (e último desta digressão europeia que começou em Março) fez com que o público rumasse em massa e atempadamente para encher a há muito esgotada sala da Aula Magna. Às dez horas em ponto começou a primeira parte da noite, a cargo da australiana Maya Jupiter que ofereceu em 30 minutos bastante groove e presença de palco algo festivaleira, revelando-se mais como mc do que como cantora, o timbre da sua voz a espaços a mostrar-se até um pouco estridente. Deu para animar as hostes.
Às 22h35 teve início a festa com o muito esperado autor do single radiofónico “I Need A Dollar” a entrar vestido a preceito com um colete justo sobre camisa azul bébé e ao som de um “cheirinho” dos acordes da canção que lhe deu visibilidade, uma das melhores canções de 2010. Imediatamente o californiano solicitou o apoio e palmas dos presentes que colocaram braços no ar e ancas a mexer desde o primeiro ao último minuto desta descarga soul, r&b, funk e jazz transpirada por todos os músicos da banda designada The Grand Scheme que contagiou toda a imensa plateia com muita gente de pé. Após três canções de rajada incluíndo as viciantes “You Make Me Smile” e “Hey Brother”, com a plateia rapidamente na mão e conversa bem disposta com o público, seguiram-se temas mais calmos como “Miss Fortune”, “Good Things” ou “Take Me Back”. O soalho de madeira do palco mostrou-se o melhor aliado da dança ensinuante de Aloe Blacc, mesmo a calhar para os seus movimentos lânguidos. Houve tempo para o cantor homenagear os seus (e nossos) grandes heróis como James Brown, Stevie Wonder, Marvin Gaye ou Al Green. A sua voz mostra-se quente, maleável e segura desde os sons mais graves aos belissimos falsetos, delícia em estado puro com “Politician” e o hit “I Need A Dollar” agora sim em versão revista e aumentada a receberem grandes coros no refrão e estrondosas ovações. E após uma hora de concerto, uma pausa com Maya Jupiter a anunciar a presença de Aloe Blacc a 28 de Julho no festival Cool Jazz Fest. Acto contínuo, plateia em delírio absoluto.
A seguir mais meia hora de canções com uma excelente versão de “Billie Jean” de Michael Jackson, um dueto com Maya Jupiter no tema “Rico” e a fechar “Loving You Is Killing Me” com Aloe a despedir-se e a ser o primeiro a abandonar o palco após pedir palmas para os vários músicos que o acompanharam, incluíndo dois cubanos nas congas, no saxofone e no trompete, um baterista fabuloso, um teclista que usou e abusou dos sons de mellotrons, fender rhodes e hammonds e um guitarrista capaz de destilar solos e riffs qb. Os arranjos das canções resultaram sempre sumptuosos e perfeitamente pontuados pela voz adocicada de Aloe. Uma auspiciosa estreia em palcos lusos, previsivelmente festiva, cheia de elogios do cantor ao público e com este a corresponder em pleno. Ao ouvir estas canções, na sua maioria do álbum “Good Things”, não conseguimos deixar de acreditar que estamos mesmo num qualquer ano da década de 1970 e isso é um grande elogio.
E aqui ficam os vídeos oficiais dos temas que encerraram a noite.
