segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Video | Kanye West - All of The Lights ft. Rihanna, Kid Cudi

Notícia | Panda Bear - Tomboy




















A loja Boomkat está a revelar em streaming pequenos excertos das canções do novo álbum "Tomboy" de Noah Lennox aka Panda Bear. As faixas escolhidas são "Friendship Bracelet", "Benfica" e a nova versão de "Slow Motion". Tem edição marcada para 12 de Abril na editora Paw Tracks.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Notícia | As letras das canções de The King of Limbs já se encontram online

Escutando e lendo as  letras das canções, o conceito do álbum parece ser "Homem versus Natureza", com os termos florescer, oceanos, alforreca, nomes de pássaros, seres vivos no estado selvagem, flores de lótus, saltar para um lago, libélulas, frutos em flor e peixe fora de água a surgir por toda a gravação. Outros defendem que o disco descreve um sonho do qual se acorda em "The Separator", a faixa final do disco que contém as expressões "Weary dream" e "Wake me up". Há ainda quem refira que o álbum parece ser constituído por dois EP's com os primeiros quatro temas mais experimentais e arrojados e os outros quatro mais próximos do formato canção. Outros chegam mesmo a referir que o disco tem uma curta duração porque irá ser revelada brevemente uma segunda metade, um The King of Limbs II. A ver vamos. Entretanto, é possível consultar as letras aqui.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Disco - Novo lançamento | Radiohead - The King of Limbs (XL 2011)




















Com apenas três escutas consecutivas do disco escrevo este comentário crítico ao sempre muito aguardado novo álbum dos Radiohead, eles que criaram essas obras-primas que dão pelo nome "OK Computer" e "Kid A" e que são senhores de uma carreira ímpar e de um ousado percurso musical.

O oitavo disco dos Radiohead é um álbum curto e conciso nos seus 36,13 minutos e 8 faixas de duração e possui um som bastante soturno e electrónico ainda que por vezes seja muito melódico. Nesse sentido é muito a quintessência da própria banda, todos os tiques e ambientes familiares (a tensão entre o sintético e o orgânico, entre o sinistro e belo, entre o tenso e o meditativo, entre o emocional e o cerebral) estão lá mas como que respiram de forma diferente dada a envolvência em muitas camadas de sons, texturas e percussões. Sente-se que Thom Yorke absorveu a inspiração de muitos temas de dubstep e se apropriou deles com todo o grupo. Não deixa de ser curioso que há bem pouco tempo tenha saído um disco com o mesmo tipo de vibração mas, lá está, construído igualmente de forma pessoal e intransmissível, refiro-me ao recente álbum de estreia de James Blake. Assim , reconhecemos imediatamente estas canções como sendo Radiohead mas apontando cada uma em várias direcções, dir-se-ia uma espécie de fusão a um só tempo de "In Rainbows", "Amnesiac" e "The Eraser". Thom Yorke canta mais solto em alguns temas e as faixas têm em média 4/5 minutos. Aparenta ser um disco bastante descarnado e simples mas possui inúmeras camadas de samples, loops e efeitos e há até orquestrações de Jonny Greenwood (que de momento tem em mãos a execução da banda sonora do próximo filme onde entra Tilda Swinton - "We Need to Talk About Kevin" da realizadora Lynne Ramsay). Pode dizer-se que as canções de tendência mais melódica do disco são "Little By Little", Lotus Flower" e "Giving Up The Ghost" e por contraste a que mais se afasta do som anterior da banda será "Feral", tema quase um puro momento de dubstep. Para fazer uma escuta e apreciação mais atenta de cada canção, aqui fica o alinhamento, faixa a faixa.

1. Bloom: entrada em loop de piano, possui um ritmo quase tribal e fragmentado, um baixo funky e a voz de Thom Yorke arrastada e com eco canta "Open your mouth wide, a universal sigh", coros de vozes, pequenos apontamentos de orquestração com cordas e sopros

2. Morning Mr.Magpie: esta música tem um ritmo mais acelarado, batidas e estrutura elíptica, ritmo marcado pela respiração do vocalista, guitarras em stacato e uma sirene, feedback e pássaros a chilrear no final; este tema tal como "Lotus Flower" e "Giving Up The Gost", já eram conhecidos por terem sido tocados não raras vezes em concerto e muito embora surjam aqui com outras roupagens, estas não são muito distantes do que a banda havia testado em palco

3. Little By Little: tema com mais guitarras de todo o disco, ritmo quase tropical-swingante, riff de guitarras roucas sempre contínuo e em espiral, pequenos solos de guitarra a meio da canção, com samples, beats e pratos em camadas como se de uma música de dança se tratasse, faz uso mais explícito de um refrão - "ittle by little, by hook or by crook", melodia trauteável

4. Feral: faixa quase totalmente instrumental, mais próxima do som de "The Eraser", sons dubstep, vozes imperceptíveis e espectrais como em Burial, ritmo sincopado, efeitos de dub e uso de subgraves

5. Lotus Flower: é o single de avanço de "The King of Limbs" com direito a videoclip como mostrámos anteriormente, tem uma entrada em fade in, o baixo tem um ritmo trepidante e sinuoso que conduz toda a canção, bela melodia vocal em falsetto, é o centro do disco, Yorke canta "Slowly we unfurl as lotus flowers"

6. Codex: "balada" com piano e voz, interlúdio de um suave trompete a dar um sabor jazzy a fazer lembrar Amnesiac, só um drumbeat a acompanhar e pouco mais, provavelmente a canção mais despida de arranjos de todo o disco, a letra só começa após o meio da canção, faz lembrar o tema Pyramid Song ou Videotape, da letra consta a linha "Jump off the endinto a clear lake"

7. Given Up The Ghost: começa e acaba com o som de pássaros a cantar, é a faixa com guitarra acústica do álbum, tem travo folk-country, há orquestrações sumptuosas mas simples de Jonny Greenwood, a frase "In your arms, don't hurt me" é usada como um mantra

8. Separator - belíssima faixa com vozes etéreas, baixo de pulsão kraut, guitarras flutuantes com reverb, delays e ecos, bateria circa Kid A/Amnesiac, Thom canta "Wake me up, wake me up" como se desejasse acordar de um sonho, tema que fecha muito bem o álbum; já havia sido tocada ao vivo com o nome "Mouse Dog Bird" no concerto Green Party Benefit de Yorke decorrido no ano passado

Talvez se esperasse que a ousadia do grupo fosse mais longe mas o atingir da maturidade plena da banda é porventura algo contrário a este desejo. O produtor foi novamente Nigel Godrich, praticamente um sexto elemento do conjunto.  Este álbum possui uma certa crueza e tem bastante menos variações e cores do que o anterior "In Rainbows", neste particular "The King of Limbs" parece até bastante monocromático e não aparenta ser (às primeiras audições) uma sequência directa do seu antecessor e isso mesmo surpreende. Num impacto inicial pode até parecer um disco de indefinição do qual as guitarras quase desapareceram mas é um álbum rico em texturas electrónicas e que parece apontar para o caminho futuro. Vai ser um disco que divide opiniões pois não apresenta grandes novidades (inclusive já tínhamos escutado quatro das oito canções) e a sua curta duração sabe mesmo a pouco. Apesar de tudo isso e apesar de os Radiohead não se terem reinventado, escreveram mais um belo punhado de excelentes canções (principalmente "Little By Little," "Lotus Flower "e "Separator") e não vem mal nenhum ao Mundo por isso, bem pelo contrário!

Notícia | Download do novo álbum dos Radiohead e vídeo do tema Lotus Flower já disponíveis no site da banda

Um dia mais cedo que o previsto, a banda deu início aos downloads do novo álbum "The King of Limbs". O vídeoclip do tema "Lotus Flower" foi também disponibilizado, mostra-nos em preto e branco Thom Yorke a presentear-no com a sua típica dança esquizofrénica e vestido à la Serge Gainsbourg com sapatos brancos, chapéu incluído! A realização é de Garth Jennings e a coreografia é de Wayne McGregor.



Aqui fica a mensagem de Ed O'Brien que hoje de manhã apareceu no site Dead Air Space:


It's Friday... It's almost the weekend...It's a full moon....

You can download 'The King of Limbs' now if you so wish!

Thank you good people for waiting ... Have a great weekend wherever you are.... 
Ed

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vídeo | Cut Copy - Need You Now

 

Video oficial realizado por Keith Schofield para o primeiro single do mais recente álbum dos Cut Copy intitulado Zonoscope.

Vídeo | Tyler, The Creator & Hodgy Beats dos Odd Future no Jimmy Fallon

 

Do colectivo de LA chamado Odd Future Wolfgang Kill Them All (OFWKTA), Tyler, The Creator e Hodgy Beats fizeram a sua estreia na televisão no programa "Late Night with Jimmy Fallon" com o tema "Sandwiches" e foram ajudados pelos The Roots. 
Uma prestação ao vivo simplesmente insana! Swag!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Notícia | Nova foto de imprensa dos Radiohead e tweet misterioso


































A nova foto da banda é da autoria de Sebastian Edge. Entretanto no twitter dos Radiohead apareceu o seguinte texto em japonês:







O site ateaseweb.com avançou que a tradução será "Hachiko Square Shibuya, Friday 18:59", uma conhecida praça em Tóquio, Japão. A possibilidade de designar um concerto do grupo nesse país no dia 18 Fevereiro durante 59 minutos já foi descartada pelo manager dos Radiohead. Outras situações sugeridas pelo site já referido são a hipótese de se tratar de um webcast ou de um concerto-surpresa ou ainda de um anúncio feito nos ecrãs daquela praça. Só nos resta continuar a especular, aguardar e ver de que se trata!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Disco - Estreia | Yuck - Yuck (Fat Possum 2011)




















Viva o amor aos anos 90! O revivalismo do college-rock dos idos de 80 e 90 já não é propriamente uma novidade como o comprovam grupos como os Deerhunter, Real Estate, No Age, Wavves ou Best Coast. Os Yuck alinham pelo mesmo diapasão e são um quarteto britânico de Londres constituído pelo cantor-guitarrista Daniel Blumberg, pelo guitarrista Max Bloom, o baterista Jonny Rogoff e o baixista Mariko Doi e ainda em alguma faixas ajudados pela voz de Ilana Blumberg. Revelam um som rock com nítidas influências de Pavement, Dinosaur Jr., Yo La Tengo, Teenage Fanclub, Red House Painters ou até Elliott Smith. Com estas referências a banda cozinhou um som melódico num todo muito coeso e coerente. De destacar a beleza planante de "Shook Down", a agressividade do feedback em "Holling Out" e a pérola de 7 minutos "Rubber". E os Mogwai fizeram há pouco tempo uma remistura para este tema "Rubber". Bom disco de estreia, faz-nos sentir em casa. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Notícias | Extra! Extra! O novo álbum dos Radiohead sai no próximo Sábado dia 19 de Fevereiro!

O oitavo álbum da discografia dos Radiohead chama-se "The King of Limbs" e vai ser editado no próximo Sábado dia 19 de Fevereiro.


O disco poderá ser descarregado através da página oficial da banda já a partir do próximo Sábado e a edição normal em cd vai ficar à venda nas lojas a partir de dia 28 de Março. Quem efectuar a pré-encomenda da edição física no site - apenas começará a ser enviada a partir de 9 de Maio - receberá um CD, dois discos de 10 polegadas em vinil e o trabalho gráfico que acompanha "The King of Limbs". Os preços desta versão são de 36 ou 39 euros para a designada Newspaper Album + mp3 ou wav e na modalidade de edição digital os preços são de 7 ou 11 euros respectivamente para versão mp3 ou wav. De um modo ou de outro, todos vão poder escutar o disco já no próximo Sábado e a expectativa não podia ser maior. Um dado curioso é o facto de não ter existido fuga antecipada de ficheiro digital do álbum e assim acontece a situação rara nos dias de hoje que é o álbum chegar a toda a gente ao mesmo tempo. Outra questão a realçar é a existência de forte possibilidade de a banda poder tocar em Portugal em algum festival de Verão, uma vez que já não actua entre nós desde 2002.

O NME avançou que o título "King of Limbs" se refere ao nome de um carvalho com cerca de mil anos, existente na floresta de Savernake em Wiltshire, perto da Tottenham House onde a banda gravou "In Rainbows". A expressão também aparece no capítulo 23 do Alcorão.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Disco - Novo lançamento | Nicolas Jaar - Space Is Only Noise (Circus Company 2011)




















Nicolas Jaar nasceu em Nova Iorque mas foi viver para Santiago do Chile tendo regressado à sua cidade de nascença ainda durante a adolescência. Influenciado por Keith Jarret, Mulatu Astatke e Erik Satie começou a fazer música electrónica com um certo carácter orgânico e introspectivo a partir de 2004 com 14 anos. Aos 17 anos de idade fez a sua estreia em disco com "The Student EP" de 2008 na editora nova-iorquina Wolf + Lamb com uma remistura para Seth Troxler que o designou como "uma das mais talentosas mentes que a música de dança está prestes a ver desenvolver-se". Aos 18 continuava a produzir e a tocar ao vivo, nomeadamente no Club Der Visionaire and Arena em Berlim, no Marcy em Brooklyn, no Communikey no Colorado e no Mutek na Cidade do México. Aos 19 anos iniciou os estudos na Brown University de Rhode Island e teve lançamentos na Circus Company, Wolf + Lamb e também na sua própria editora Clown and Sunset.

O jornal The Guardian comparou-o a Ricardo Villalobos e Aphex Twin. Agora, com apenas 21 anos lança o seu álbum de estreia "Space Is Only Noise" possuidor de um deep house de travo sul-americano e injectado com hip-hop, fazendo jus ao seu ecletismo na produção. Com grooves melancólicos e algumas letras em francês, Jaar descreve o seu som como "angústia rítmica" e aponta “Thé Au Harem D’Archimède” (Perlon, 2004) como o disco que mais o marcou, oferecido pelo pai em Santiago do Chile. Encontram-se ecos desse disco de Villalobos em "Space Is Only Noise", que parte do jazz e da música africana e se dirige ao tecno, ao lounge, ao minimal e ao dubstep, compondo as canções com piano e voz, misturando todas estas referências num cocktail ambient/downtempo com algumas vibrações por vezes quase góticas. A espaços chega também a recordar um pouco o produtor argentino Matias Aguayo,  o mexicano Murcof ou mesmo DJ Shadow.

Os temas têm uma atmosfera lenta (normalmente por volta das 90-110 bpm), sensual, fumarenta e há pedaços de spoken-word (um dos heróis de Jaar é Leonard Cohen). Destaque para  o tema-título com uma muito apropriada linha "Grab a calculator and fix yourself" e para os temas "Colomb", o sample de Ray Charles em "I Got A Woman" e o tom mais techno de "Specters of The Future". Uma estreia em álbum deveras promissora dada a mestria revelada no depurado resultado final e no cunho pessoal que Nicolas Jaar foi capaz de imprimir a todo o disco. Música electrónica de múltiplas camadas com um twist e com excelente construção sonora.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Disco | Toro Y Moi - Underneath The Pine (Carpark_Flur 2011)




















Após a estreia em 2010 com o disco "Causers of This" e com "Blessa" como uma das canções do ano, eis que Chaz Bundick edita o seu segundo álbum "Underneath The Pine", também na Carpark Records no  próximo dia 22 de Fevereiro. De facto não dormiu à sombra do pinheiro, antes operou uma mudança segura de rumo estético sem perder a personalidade própria do seu som. Em vez de chillwave (onde se destacaram também Washed Out, Neon Indian ou Memory Tapes) passamos a ter um som mais orgânico, mais pop, soul e com ritmos mais acelerados. Onde antes o sampling era rei, agora temos uma construção diferente das canções onde se nota muito a aprendizagem ganha através dos concertos ao vivo. O músico da Carolina do Sul actuou no Musicbox (Lisboa) com a sua banda, integrado na quarta edição do Jameson Urban Routes 2010 a 23 de Outubro e partilhou o palco com Noiserv e El Guincho. Nessa altura foi notória a passagem de Toro Y Moi de projecto individual feito no quarto por Bundick para uma autêntica banda ao vivo a tocar temas mais funky e disco, a primazia dos teclados dando lugar ao baixo pulsante e a sons bem mais dançáveis, constatação que teve as suas pistas iniciais nas faixas editadas por Chaz com o nome Les Sins. Foi dado um bom passo em frente, tornando a música mais melódica, radiosa, variada e festiva. Todo o disco mistura influências desde uns Air até aos ritmos kraut/motorika de uns Stereolab, sons de bandas de surf dos anos 60 junto com drones de sintetizadores e instrumentação acústica. A voz adocicada e sussurrada de Bundick assenta que nem uma luva a esta nova sonoridade que continua a ser de estética lo-fi mas que já dá para abanar a anca. Inclusive recebeu elogios da parte de Tyler, The Creator dos Odd Future que mencionou ser fã do som de Toro Y Moi. Destacam-se as belíssimas canções "New Beat" e "Still Sound" em contraponto com temas como o excelente instrumental "Divina" ou o mais experimental "Light Black". A capa do disco não é mais do que uma foto tirada ao espelho do rosto do próprio Bundick com pedaços de uma toranja típica do sudeste asiático, ilustrando um certo ambiente lascivo que perpassa todo o disco.